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Onda de calor no Brasil: sinal de alerta para o aquecimento global

Uso de novas tecnologias é fundamental para encontrar soluções, afirma o meteorologista Carlos Raupp


Mesmo com o verão se estendendo até o final de março, o Brasil enfrentou em 2025 a sua terceira onda de calor do ano, com temperaturas consistentemente 5°C acima da média. Esse fenômeno é resultado de um bloqueio atmosférico no centro do país, e, segundo especialistas, é mais um indício das **mudanças climáticas aceleradas pelo aquecimento global.


A Revista Crea-SP já abordava essa tendência em sua edição de julho-setembro de 2023, em uma entrevista com o meteorologista Carlos Raupp, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP) e conselheiro da Câmara Especializada de Agronomia do Crea-SP.


Raupp destacou que eventos como este refletem o aumento da temperatura média do planeta, com uma elevação mais acentuada nas últimas décadas. “Isso colabora com a hipótese de que o aquecimento global tem se dado em resposta ao crescente aumento da concentração de gases do efeito estufa na atmosfera”, afirma. Para o meteorologista, o aquecimento global é a provável causa do aumento da frequência e da amplitude de eventos climáticos extremos, que por sua vez, afetam a disponibilidade hídrica do país.


O papel da tecnologia e da colaboração em meio à crise climática


A comunidade internacional tem buscado estratégias para conter o avanço do aquecimento global, como a substituição gradual de combustíveis fósseis por fontes renováveis, o incentivo a veículos elétricos e movidos a biocombustíveis e o investimento na proteção de biomas naturais.


Nesse cenário, os profissionais da área tecnológica desempenham um papel crucial. Raupp ressalta que o trabalho dos pesquisadores tem proporcionado uma nova visão do clima como um sistema complexo, que interage com a atmosfera, hidrosfera, criosfera, litosfera e biosfera, além de fatores econômicos, geopolíticos e sociais. O emprego de novas tecnologias é fundamental para atingir as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa, exigindo que esses profissionais sejam capazes de interagir com diversas áreas do conhecimento.


No entanto, a responsabilidade não se restringe apenas a especialistas e órgãos governamentais. A população também tem um papel vital na mitigação dos impactos climáticos. Raupp sugere práticas individuais como caronas solidárias, priorização do transporte público e bicicletas, a fim de reduzir a quantidade de veículos em circulação. Além disso, evitar o desperdício de água e energia, reduzir o consumo de materiais não biodegradáveis e a reciclagem de resíduos são ações que contribuem significativamente para a redução das emissões.


Fonte: Crea SP - visite o site oficial www.creasp.org.br